21 de agosto de 2008

Sou do tipo de pessoa que não tem crença alguma. Quer dizer, não tenho nenhuma religião, nenhum credo, nenhuma entidade que ajude a reger a minha vida. Acredito em energias. Acredito que tudo que fazmos tem volta, pro bem ou pro mal.

Ultimamente tenho ouvido coisas que tem me feito pensar. Crenças dos orixás e suas energias, poder das palavras ditas e pensadas, energia do pensamento para conseguirmos o que queremos. Complexo, e ao mesmo tempo, confuso. Isso só me faz chegar a uma conclusão: será que a gente consegue mesmo ser agnóstico?

Eu mesma, sem acreditar em nada, sempre falo o tão conhecido "Deus que me livre", e essas coisas. Puro costume de criação cristã. Mas não consigo mesmo pensar que exista alguém maior que mande nos nossos passos. Quem faz nosso caminho somos nós, e ponto. Desculpem se isso soa radical, mas não consigo interpretar de outra maneira estas palavras a não ser que é mais fácil atribuir nossos caminhos a uma outra força que não dependa de nós. Isso pra mim é preguiça de viver.

Mas não consigo ser alheia a tudo, simplesmente. Se eu quero o bem de alguém, e esta pessoa me faz mal, sei que ela receberá seu castigo alguma hora. Sei que se eu falar mal de alguém, terei uma punição logo em breve. Isso é lei do "Aqui se faz, aqui se paga", jargão sim, mas eficiente pacas. E acredito que tudo que nos acontece tem um motivo muito bem traçado por nós mesmos.

Pensar assim tem me feito viver melhor a vida, e sempre que algo me acontece, reavalio minhas ações e meus pensamentos. Se algo não vai bem, a culpa é estritamente minha. Se algo vai bem, sei que as minhas ações estão corretas e devo continuar a agir assim. Sem precisar acreditar em nada, somente na minha força interior.

11 de agosto de 2008

Às vezes nossa vida fica um turbilhão tão grande, que não nos preocupamos com os detalhes. Não nos espreguiçamos após acordar, não dá pra apreciar o gosto do café quente, não olhamos pela janela pra saber se o dia que nasce lá fora está bonito ou não. O trabalho por fazer, as aulas a assistir, as tarefas a cumprir, as reuniões que temos de estar presentes, os relatórios para finalizar... Tudo é mais importante.

Hoje pude ouvir um bem-te-vi na minha janela. Mas não tive tempo para abri-la. Acordei atrasada, e nem café pude tomar.

E lá vou eu para (pseudo)viver mais um dia. Tudo é mais importante, que um dia não terei mais prioridade alguma...

6 de agosto de 2008

Sabe? Cansei de historinhas de amor que a mulher só se fode. Assim, ela conhece um cara na balada, ou num jantar, ou num encontro com os amigos dela, tem um cara xis lá, eles começam a conversar, trocam telefones, saem e começam um relacionamento. Que às vezes pode durar uns meses, ou como a maioria dos que ouço por aí, umas semanas. Suficientes para umas trepadinhas ocasionais até o tal cara perder o tesão inicial pela tal moça.

É claro que ela se apaixona, e acredita que pode conquistá-lo. Ele some sem mais nem menos, e ela fica arrasada, achando que nunca conseguirá ter um relacionamento estável ou alguém que a ame de fato pelo que ela é.

Argh, vou vomitar.

Sério. Mulher é foda e digo isso com conhecimento de causa. Nós falamos tanto que os homens são muitas vezes uns babacas, e até são, quando são filhos da puta suficiente para trair suas namoradas/noivas/esposas, pegar você na balada e querer sustentar esse relacionamento até que ele enjoe do caso e volte pro relacionamento estável, ou uma das duas trouxas descubra. Agora me digam: por que raios uma mulher não pode simplesmente pensar só no lado "Girls just wanna have fun"?

Eu ultimamente tenho pensado assim. Bem egoísta mesmo. Eu quero me divertir. Eu quero aproveitar a minha vida, porque ela não é pra sempre. Agora, alguém me explica por que, como toda mulher, tenho que ser obrigada a passar por crisezinhas sem cambimento e surtos por caras que nem são tão importantes assim?

Meu problema eu sei qual é. Não consigo esquecer. Supero, sim; porque afinal de contas, ficar remoendo caso antigo deve dar câncer. Mas a minha memória é traidora. Músicas, cheiros, lugares, falas, situações coincidentes. Um desses itens, e pronto: a babaca aqui já começa a ficar mal.

Mas tenho superado isso. Teho acreditado mais que sou alguém que vale a pena, e que também su muito nova pra encanar com bostinhas assim. E puxa vida, acredito que toda mulher pode ser assim também. Não dá pra ficar sofrendo por todo cara que a gente se relaciona, a gente também pode pensar como homem e no fundo só querer um pouco de sexo, porque isso também faz bem.

E juro: toda vez que vejo uma mulher sofrendo porque um cara ficou com ela - ele querendo diversão; ela, amor - e sumiu depois de um tempo, me faz acreditar e ser cada vez mais desencanada e agir exatamente como eles agem. Porque as mulheres também podem se divertir e não querer nada sério.

Sem feminismos resguardados, mas o papo do sexo frágil está tão fora de moda e tem tanta gente usando que às vezes fico irritada...