26 de maio de 2010

Agora é oficial, esse blog foi pro Wordpress. Bem mais bonito e (espero que) melhor no conteúdo. I'll try. =)

5 de fevereiro de 2009

Blog em reformas. Começando pela mudança de Blogspot para Wordpress. Aguardem.

25 de dezembro de 2008

O cachorro dorme. Displicentemente, jogado em sua cama. São 14h37. Calor, quase 32°.

Brisa leve. Porém, suficiente para balançar as cortinas, apenas. Ele tenta trabalhar. Apesar de feriado, o trabalho exige. Relatórios e mais relatórios... Pelo menos está em casa, de chinelos e sem pressão do escritório à volta. Mas obviamente o trabalho não rende. Levanta, senta-se na cadeira ao lado da cama de seu cachorro e o afaga, olhando pela janela. Gostaria de aproveitar o dia, mas os papéis o puxam para a realidade. Respira fundo.

Vai pegar um copo d'água. O calor está de matar. Volta ao laptop. O relatório ainda na metade, e todo o trabalho pedindo urgência mútua. Respira fundo novamente. Consegue trabalhar por mais duas horas, mas desiste de terminar, enfim. Vai à janela. O belo dia o inspira a sair, mas com quem? Não há um ser humano com quem possa aproveitar o feriado. Vira-se e olha seu cão, tão companheiro nestes dois anos de estrito contato com pessoas. Acho que ele merece uma caminhada nesta tarde tão bonita. 17h49.

Volta, toma uma ducha gelada e volta ao trabalho. Não tem remorsos em trabalhar quando todos descansam e aproveitam. Foi feito de ferro, esforço e garra.

6 de dezembro de 2008

Texto de autoria de Mafalda Maya - mas que consegue traduzir perfeitamente o que quero dizer pra alguém <3

Essa noite eu quero dançar com você.

Me pendurar no seu pescoço, encaixar minha cabeça no seu ombro e fechar os olhos... Não me importa se você não souber dançar. Eu ouço a música, 1, 2, 3, 4 e gira... Não importa.

Quero sentir sua mão na minha cintura, conduzindo meu corpo. Seu nariz no meu pescoço - seu hálito. Quero rir sabendo... prevendo tudo. Não me importa o dia de amanhã, porque essa noite eu quero que você me encoste na parede com força e deslizemos até o chão... O calor do seu corpo pulsando... Quero te beijar, os lábios úmidos - lábios que desejam. E quando as roupas caírem eu vou agarrar o seu corpo, curiosa, e vou te masturbar com vontade de te dar todo o prazer nesse imediato momento. Não me importa.

Não me importam os nomes: amor, sexo, foda... eu quero tudo junto, tanto faz... o principal é você! Eu quero dar pra você. Te beijar sem pressa, sem hora pra acabar, sem rapidinhas, sem hora na manhã seguinte. Porque na manhã seguinte eu quero acordar com você brincando no meu corpo. Rodando o dedo nas pontas dos meus seios. Sentir o calor e o cheiro do seu corpo. Na manhã, macilenta, eu vou esfregar meu corpo do seu: para aquecer e para sentir que você realmente está lá. Vou te beijar a face, a testa, os olhos, a ponta do nariz, o peito, barriga, pernas, peito-do-pé! Vou beijar seu sexo como quem diz "bom dia!". Simplesmente porque gosto do seu corpo. Simplesmente porque você me excita. Quero uma crise matinal de beijos. Ou uma crise de beijos matinais. E então eu vou querer fazer sexo de novo. Preguiçosa por causa do sono, só me entregar para o seu corpo, mais nada, mais ninguém. Não me importa.

Eu quero beijo na boca. Quero beijo na boca quando for gozar - e antes e depois, mas especialmente quando estivermos gozando. E depois, pra descansar, quero deitar sobre o seu corpo. Quero me enrolar no seu corpo. E tomar banho juntos: a água escorrendo no nosso beijo. Minhas pernas duplamente úmidas. A ponta dos meus dedos tocando seus pés. Um abraço debaixo d´água. E quero mais uma vez. Desta vez eu quero a sua língua. Minhas águas escorrendo no seu rosto. Quero suas mãos segurando minhas pernas, minha bunda, me arranhando... Quero que você me devore.

E de novo dançar com você. Correr pelados pelo corredor até nos esconder nas cobertas quentes. Um corpo grudado no outro. Aquecidos. Úmidos. Para começar tudo outra vez.

Essa noite...

26 de novembro de 2008

Eu já disse "eu te amo". Já tomei um porre, já fiz sexo sem pensar no dia seguinte. Já tive medo, e já senti frio na barriga de tanta ansiedade. Já virei noite estudando, mas já tomei bomba em prova que mal sabia o tema.

Já quebrei o braço, já comi fruta do pé. Andei descalça, pulei carnaval com meus melhores amigos. Já beijei alguém pensando em outra pessoa, já ganhei bebida de graça na balada. Já bebi todas e mais um pouco, e passei aperto na hora de pagar a conta.

Já fui traída. Já desejei trair de raiva, já fui a outra. Já quis correr pra minha mãe pra ela me protegesse, mesmo depois de grande. Perdi as contas de quantas vezes briguei em casa porque queria sair. Já cabulei aula pra fumar e beber. Já saí mais cedo da balada pra ir jogar no dia seguinte de manhãzinha, sem beber nada alcoólico a noite toda.

Já joguei pela minha faculdade em uma quadra domindada pela torcida. Já magoei alguém. Já me apaixonei por quem não devia, e já transei com quem não devia também. Já trabalhei mais do que deveria, mas também já dei migué no trabalho. Já fui trabalhar de ressaca.

Já beijei quem não queria e já tive certeza que ficaria com alguém logo quando conheci. Já fui enganada, já fui perseguida. Já perdoei, mas sem muito bem esquecer.

Já perdi a conta de quantas coisas já fiz na vida, e quantas outras ainda quero ou ainda farei...

20 de outubro de 2008

De um papo na internet...

Quinta à noite. Conversando com alguém improvável, um ano depois. De repente, tomei consciência que dali saíam conclusões para dúvidas que me afligiam durante um bom tempo da minha vida. Hoje, são apenas lições pelas quais tive que passar. Inclusive, com aquele com quem conversava.

Primeira lição: precisamos nos valorizar. É aquele papo de garotinha pré-adolescente que está crescendo e quer se afirmar diante das amigas e do carinha que está afim. É um papo sério e que faz com que a gente realmente se torne alguém no mundo e não seja apenas uma sombra dos outros, quem quer que seja. E acima de tudo, somos os primeiros a ter que acreditar. Se não, quem irá? É aquela história dos vetores: um vetor pra cada lado, somados, podem dar um resultado muito diferente do que você planejou de início, colocando-os no mesmo sentido. Mas se você coloca na mesma direção...

Segunda lição: sou nova demais mesmo pra ter decidido o que farei da minha vida pelo resto dela. Mas quem disse que é jornalismo que eu farei, por exemplo? Mesmo agora sei que daqui a dez anos posso estar em outro ramo, totalmente diferente do que eu faço agora. Não preciso ter certeza da profissão que terei. Sei que acertei na comunicação, mas se não tivesse acertado? Era só começar tudo de novo. Já passei por diversas crises de profissão, e hoje percebi que nada que aprendo é pra ser desperdiçado, mesmo que não tenha nada a ver comigo. Conhecimento nunca é demais, e quanto mais eu puder abraçar, melhor.

Terceira lição: por que pensar tanto no futuro se é o presente que grita por decisões? Às vezes, a gente fica pensando tanto no que faremos daqui a vinte anos e simplesmente nos esquecemos de pensar o que é necessário agora pra conseguir chegar vivo aos próximos dez anos. Claro que é angustiante não saber o que será do seu futuro, mas pensar apenas nele não adianta de muita coisa. E muitas vezes só basta viver o presente que o futuro se desenha sozinho. Pelo menos, cada vez mais vejo isso dando relativamente certo pra mim.

Quarta lição: será que a gente é novo demais pra ter que viver tudo isso que eu citei acima? Novo demais? Peraí... Já vivi 22 anos. Ok, não pretendo que isso seja a metade do que ainda tenho pra viver, mas e se for? E se for mais da metade do tempo que viverei? O que o futuro reserva pra gente tá guardado só pra ele, então nada de ficar achando que temos responsabilidades de menos, ou obrigações demais. Tudo que acontece pra gente é pra tentar nos fazer um pouco melhores a cada dia. Até aquela desgraça que acaba com a gente e nos faz sentir o pior ser humano do planeta. Ela, aliás, é a que nos enobrece de uma maneira incrível. Adultecer é legal, e eu nunca achei que fosse dizer isso. Tenho me tornado alguém que eu acho que realmente anda valendo a pena! Mas claro, sempre com algo a melhorar.

Quinta lição: ter medo é normal. E ter desespero diante de tudo isso é mais normal ainda. Mas apatia não dá. Nem simplesmente ficar esperando que isso acabará um dia. Vai lá, se mexa que as coisas acontecem pra você. E não é querer que alguém te dê as respostas prontas. Se a vida fosse fácil assim, se alguém te desse o trajeto do labirinto antes de você entrar, qual a graça de percorrê-lo? Dá pra achar legal um jogo que você já tem todos os segredos e consegue ganhar antes de todo mundo trapaceando? Pode soar masoquista o quanto for, mas sei que todos os perrengues pelos quais passei me fazem merecer muito mais o que tenho e o que não tenho. Valorizo demais todos as minhas conquistas, porque nenhuma delas foi fácil. E esse é o segredo da vida.

14 de outubro de 2008

A dúvida tá aí. Ou alguém acredita que é possível ter plena certeza pra simplesmente ir lá e fazer acontecer? Não, é imposível.

Mas calma. Por que não? Por que simplesmente não tentar? Arriscar-se um pouco na vida é o que garante nossa alegria de viver. Então, fico à beira daquele abismo que me dá frio na barriga, fecho os olhos e me jogo de lá de cima, sem pensar. E a sensação é maravilhosa.

O vento bate no rosto com mais intensidade, e sinto-me livre. Agora consigo acreditar que muito mais coisas são possíveis. Ainda não sei se existe uma corda amarrada ao meu pé e me manter segura, mas tento não pensar nisso agora. Só a sensação de liberdade da queda livre já tem me deixado deveras feliz. Só pela liberdade.

22 de setembro de 2008

Como já disse há algum tempo, sou muito mais sensorial que espiritual. Acredito naquilo que posso ver, ouvir, cheirar, provar e sentir. Acima de tudo, sentir. Aquilo que me causa uma sensação boa, ruim, que me faz ficar com calor ou com frio, que me dá arrepios...

Acredito apenas que existe uma coisa que não podemos controlar: o rumo das outras pessoas e a passagem delas por nossas vidas. Tudo podemos determinar como será, nosso futuro, nossas escolhas, nossas vontades, nosso destino. Mas o rumo de quem passa por nossas vidas não está sob nosso controle. Por isso, tento aproveitar ao máximo o aparecimento de cada pessoa que está no meu caminho.

Sempre serei a melhor pessoa, sempre serei atenciosa, sempre terei carinho e atenção, sempre me entregarei de corpo e alma. Porque cada pessoa é especial e única, e o único motivo que consigo entender para que cada um cruze nosso caminho é porque trará algo pra nossa vida, e sempre será bom, no final das contas. E que nem sempre todas as pessoas ficarão e poderão se interligar mais vezes com o nosso, mas seus caminhos poderão tomar novos rumos... Mas só uma passagem pode ser suficiente pra que ele mude completamente.

9 de setembro de 2008

Tempos modernos

A gente se esforça
A gente se cansa
Trabalha, trabalha e trabalha
Corre atrás do que é nosso de direito

Direito...?
O torto que é não tão certo não é mais garantido...?
A gente se mata, a gente se faz.
E quem valoriza? Só a gente mesmo...
Porque quem gosta do que a gente faz é a gente mesmo.

Não gostar do que faz é o primeiro passo pra derrota.

1 de setembro de 2008

Salto alto. Batom, blush, rímel. Escova, chapinha. Tudo certo, ela está linda. Porém, só para mais um dia de trabalho. Ela não consegue mais viver sem parecer impecável. Pega suas coisas e segue para o caminho que todo dia.

É independente: mora sozinha, trabalha num lugar legal, tem seu carro... Mas está solteira. Já passou por todas as fases: raiva, culpa, aceitação. Agora vivia simplesmente a indiferença. Sempre que sai, pode ficar com alguém, mas nunca é Alguém. Pode até durar mais que uma noite, mas ela tem se importado tão pouco com isso...

Agora sua vida é outra: sua carreira cresce de maneira meteórica, ela junta dinheiro para agora poder viajar e realizar o sonho de sua vida: viajar pelo mundo. Mas agora apenas sai para trabalhar; gosta muito de sonhar, mas precisa manter seus pés no chão para tornar seu grande sonho realidade.

A caminho do trabalho. Trânsito. Aproveita para checar a maquiagem. Retoca o batom; o celular toca. É sua afilhada. Não, ela não é tão velha assim, é a irmã mais nova de sua melhor amiga. A menina, agora uma mulher com 22 anos, a considera como mais uma irmã. Novidades: ela está grávida. Não tem como não ficar feliz, é como se ela mesma fosse ganhar um sobrinho.

E a gravidez traz uma alegria tão bonita... Dá os parabéns, pede para deixá-la a par de todas as novidades em relação ao bebê. Ela está feliz. Mas não sente assim. Por quê? Ela tem 35 anos. É bonita, independente, tem um trabalho legal, mora sozinha... Mas está solteira. Sua afilhada está grávida. E ela sente que dali não passará.

Qual será seu futuro? Qual o sentido de sua vida, de todo seu sucesso, se não tem ninguém para quem deixar tudo o que conseguir? Mas... ela precisa deixar algo para alguém? Ela viveu, aproveitou, e não se arrepende de nada.

Tem sim algo para deixar; pode ajudar sua tão querida afilhada a cuidar desse bebê que vem a caminho. Ela não precisa ser mãe, ela pode sim aproveitar seus 35 anos bem vividos na Europa e quando voltar (e se voltar), um dia, ter seu filho também. Enquanto isso, leva sua vida.

Está divina. Uma mulher tão bem disposta assim às nove da manhã é de impressionar qualquer um. E tudo isso simplesmente porque ela tem muita vida para viver.